quinta-feira, 19 de julho de 2018

UMA HISTÓRIA POR DIA...

Rosane Pamplona nos presenteou com um conto muito divertido!

O FALSO CACHORRO

Era uma vez um homem que voltava do mercado, onde comprou um belo cabrito para oferecer um banquete aos amigos. Ia pela estrada satisfeito, já pensando em como engordar o animal até o dia da festa, quando foi visto por três ladrões, que logo cobiçaram o cabrito. Imaginando a melhor maneira de roubá-lo, tramaram entre si um plano.
            O primeiro ladrão foi esperar o homem na curva do caminho. Quando se cruzaram, o ladrão exclamou:
            - Que belo cachorro!
            - Cachorro? – espantou-se o homem. – Que cachorro?
          - Ora, esse que o senhor leva preso no laço. Há tempos não vejo um tão bem tratado assim! Como brilha o seu pelo!
            E afastou-se, antes que o dono do cabrito pudesse dizer qualquer coisa. Este olhou bem para o animal e seguiu seu caminho, pensando que seguramente havia cruzado com um louco.
            Dali a uns metros esperava-o o segundo ladrão, que, mostrando-se temeroso (com medo), se aproximou e murmurou:
            - Cuidado, senhor! Veja se leva esse cão bem preso no laço! Essa raça costuma ser perigosa. No ano passado, um cachorro igual ao seu quase me levou ao hospital!
         - Cachorro?! – tornou o homem, confuso. – Mas que diabos aconteceu com todo mundo pra achar que eu levo um cachorro? Veja, meu amigo, não tenha medo, este é só um cabritinho inocente...
            - Não! Cuidado! – gritou o ladrão. – Não quero mais saber de encrencas com cães!
      E, correndo, sumiu de vista, deixando o homem completamente desconcertado (confuso). Ele olhava o bichinho, tornava a olhar...”Mas tenho certeza de que é um cabrito...No entanto, por que será que todos veem nele um cão? Ele nem se parece com raça nenhuma de cão. Não, não posso estar enganado! Ou será...?”
        E retomou seu caminho, já atormentado pela dúvida. Quando se deparou com o terceiro ladrão, este nem precisou dizer nada. O próprio homem dirigiu-se até ele, perguntando, embaraçado:
            - Por favor, meu amigo, será que o senhor poderia me tirar uma dúvida? Perdoe-me se pareço louco ou ridículo, mas este animal aqui é um cachorro ou um cabrito?
            O espertalhão, muito sério, olhou o homem, olhou o cabrito, voltou a olhar o homem com um ar interrogativo:
- Cabrito? Desculpe-me, mas como o senhor pôde ver um cabrito aí? Será que não está precisando de óculos?
E por fim, circunspecto (muito sério), sentenciou:
- Esse animal é definitivamente um cachorro e digo ainda: da raça mais traiçoeira que existe! E o senhor não me parece muito tranquilo para controlá-lo. Se quiser, posso levá-lo embora daqui, antes que ele ataque alguém.
- Oh, muito obrigado – respondeu o desconsolado homem. – Leve-o para bem longe! Eu estou mesmo precisando voltar logo para minha casa...
Nisso, o cabrito baliu. O ladrão levou um susto, julgando-se desmascarado. O homem, porém, tranquilizou-o:
- Não se assuste, amigo. De vez em quando ele late um pouquinho, mas isso não quer dizer que esteja enfurecido. Pode levá-lo sossegado...  


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