sábado, 30 de junho de 2018

UMA HISTÓRIA POR DIA...adivinhe se puder!

Do livro "Que história é essa?" de Flavio de Souza com ilustrações de Pepe Casals:

“HOZ MALEPON VIUH ECHER 
ou O CAÇADOR”


          Era uma vez um caçador. Esse caçador gostaria de ser um padeiro ou um relojoeiro. Ou um trapezista. Mas ele era um caçador. Porque o pai dele tinha sido caçador. E o avô dele tinha sido caçador. E o bisavô também. E o tataravô também. E o avô do tataravô também. Então esse caçador era caçador porque mandaram ele seguir o costume da família.

Ele morava numa floresta, onde moravam muitos bichos. E pessoas. E monstros. Então, já que tinha que caçar, porque era caçador, ele caçava monstros.
A vida de um caçador que caçava monstros era bem animada. E perigosa. E arriscada. Este caçador quase perdeu uma perna quando caçou o terrível Vampiro da Caverna Negra. Quase perdeu todos os dentes quando caçou o Abominável Lobisomem do Mato Selvagem. E quase perdeu a cabeça quando caçou a horripilante Sereia da Lagoa das Águas Profundas.
Cansado de quase se perder por inteiro ao caçar seres tão medonhos, o caçador saiu um dia à procura de uma onça comedora de gente ou um javali destruidor ou um  outro animal bem mau.
O caçador viajou o dia inteiro. Quando já estava quase anoitecendo, chegou a uma casinha muito bonitinha, Com tapetinho na frente da porta.E cortininhas nas janelas. Só de pensar na sopa que a dona da casa devia estar preparando para o jantar, o caçador ficou com água na boca. E resolveu bater na porta para pedir um prato desta sopa. E bateu. E estranhou ao ouvir um ronco esquisito.
“Nossa!”, pensou o caçador, “a dona desta casa está dormindo! E nem é noite ainda! E como ela ronca alto!”.
O caçador já estava indo embora, pé ante pé, para não acordar a dona da casinha. Mas pensou: “Este ronco está muito esquisito!”.
E resolveu entrar para dar uma olhadinha.
Quando abriu a porta, o caçador se espantou. Porque a dona da casa estava dormindo de camisola em sua cama. É claro que isso não é motivo para ninguém se espantar. Mas acontece que esta senhora era muito feia. Muito feia mesmo. Tão feia que parecia um lobo.
O caçador chegou mais perto e viu que esta senhora que parecia um lobo estava com a barriga inchada. Mas inchada mesmo. Como se tivesse engolido um monte de abóboras. Então, quando o caçador já estava pensando em ir embora, a senhora, que parecia um lobo e estava com a barriga tão inchada que parecia que tinha engolido um monte de abóboras, acordou.
O caçador disse:
- Boa tarde, minha senhora.
- Boa tarde – respondeu a senhora.
- A senhora me desculpe por eu ter entrado na sua casa sem pedir licença – disse o caçador.
- Não faz mal – respondeu a senhora.
- Então eu gostaria de fazer três perguntas para a senhora – disse o caçador.
- Ora essa, não se acanhe. Faça! – disse a senhora.
- Obrigado – disse o caçador. – Então lá vou eu. Por que a senhora tem olhos tão grandes?
- Para te olhar melhor...
- Por que a senhora tem um nariz tão grande?
- Para te cheirar melhor.
- E por que a senhora tem uma boca tão grande?
- Para engolir melhor meninas e vovozinhas.
- Ah! – disse o caçador. – Então está explicado.
E o caçador já ia se despedir e ir embora, quando olhou bem para a senhora que parecia um lobo. E descobriu que a senhora que parecia um lobo ERA um lobo!
O caçador pegou sua espingarda e mirou. O lobo tentou fugir correndo, mas estava com a barriga muito pesada e não conseguiu. O caçador deu um tiro no lobo. Abriu a barriga dele com um facão. E tirou lá de dentro uma menina de chapéu na cabeça e uma velhinha. Elas estavam meio tontas com o cheiro ruim que tinha dentro da barriga do lobo. Mas estavam vivas. E agradeceram muito ao caçador. E ofereceram um jantar para ele. Com doces na sobremesa.
Depois de costurar a barriga do lobo e fazer um curativo no bumbum dele, onde o tiro tinha passado de raspão, a velhinha mandou ele embora. O lobo pediu para ficar para o jantar. Mas a velhinha, que não era feia e nem parecia um lobo, deu um pão velho para ele. E mandou ele embora, E ele foi.
O caçador jantou. Agradeceu. E acompanhou a menina no caminho de volta para a casa dos pais dela. A mãe da menina agradeceu ao caçador por ele ter salvado sua filha. E o pai da menina, que era padeiro e dono de uma padaria, convidou o caçador para trabalhar com ele.
O caçador aceitou. Guardou a espingarda num baú. E começou um novo costume na família dele. Porque seu filho foi padeiro, como ele. E seu neto também. E seu bisneto. E seu tataraneto. E o filho de seu tataraneto.
Parece que o neto do tataraneto do caçador que virou padeiro achou, um belo dia, uma espingarda enferrujada dentro de um baú antigo. E saiu de casa decidido a caçar um monstro bem horroso...

VOCÊ CONHECE ESTA HISTÓRIA?

sexta-feira, 29 de junho de 2018

UMA HISTÓRIA POR DIA...

UMA CRÔNICA DE STANISLAW PONTE PRETA PARA COMEÇAR AS NOSSAS FÉRIAS!

A VELHA CONTRABANDISTA

       Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.

        Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

      - Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

     A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo e respondeu:

       - É areia!

      Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

       Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

        Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

      - Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

     - Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

      - Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

        - O senhor promete que não “espaia” ? – quis saber a velhinha.

        - Juro – respondeu o fiscal.

        - É lambreta.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

DICAS DO BLOG DO APOIO PARA AS FÉRIAS DE JULHO

      Postagens principais: 

 Uma história por dia... em texto ou em vídeo,
 vale à pena acompanhar!!!  
   
    Livro digital de Jogos Matemáticos explorados nos grupos de estudo ao longo do semestre de 2018.

  Livro digital das Histórias criadas e tecidas nos grupos de estudo do Apoio Pedagógico de 2017.

Páginas das séries e dos Grupos de estudo com publicações de algumas atividades.


 Sites para se divertir e desafiar sua curiosidade:

http://www.zoologico.com.br/                                                                                  


BOAS FÉRIAS!!!