quarta-feira, 22 de agosto de 2018

SÃO PAULO E OS RIOS

0S 3º ANOS ESTÃO ASSISTINDO E EXPLORANDO O DOCUMENTÁRIO ENTRE RIOS COMO FONTE DE PESQUISA SOBRE AS ÁGUAS:
Entre Rios - a urbanização de São Paulo - 25:10  

O BAIRRO DE PERDIZES

AS TURMAS DOS 2º ANOS ESTÃO DESCOBRINDO COISAS INCRÍVEIS SOBRE O BAIRRO DE PERDIZES ONDE FICA O COLÉGIO E ONDE MUITAS CRIANÇAS MORAM:
Perdizes, as glórias da várzea - 26:07 

terça-feira, 31 de julho de 2018

UMA HISTÓRIA POR DIA...

Giba Pedrosa e o grupo Girasonhos, contadores de histórias, encerram hoje o circuito de "uma história por dia..." durante as férias.

Todas as histórias e fontes que passaram por aqui fazem parte do acervo de trabalho dos Grupos de Estudo do Apoio Pedagógico.

Esperamos que você tenha gostado! Bom retorno às aulas para todos nós!


         PEQUENINO GRÃO DE AREIA
         Contam que era uma vez um pequenino grão-de-areia chamado Godofredo. Era um comum e pequenino grão-de-areia que morava em uma praia, em meio a milhares e milhares de grãos de areia. Quando o vento soprava o seu sopro forte, os grãozinhos de areia corriam para um lado. Quando o vento soprava paro o outro lado, lá iam todos eles.
À noite, quando todos os grãos de areia dormiam, cansados de tanto soprar do vento, só o Godofredo ficava acordado. É que ele passava as noites admirando o bailar das estrelas. Porque, todas às noites, lindas estrelas bailarinas colocavam suas sapatilhas, fitas azuis nos cabelos e iam dançar bem pertinho da lua.
Enquanto elas dançavam lá no alto, cá em baixo, na praia, os olhos do grão-de-areia eram de um brilho só. Um dia, de tanto olhar para as estrelas, ele se encantou por uma delas. A mais linda das estrelas, que flutuava e parava com a pontinha dos seus pés na ponta da lua minguante.
Muitas e muitas vezes, quando todas as estrelas iam embora, pois o dia vinha chegando, a estrelinha ficava dançando só para o Godofredo. E, enquanto ela dançava, ele suspirava emocionado. Um dia, esse grão-de-areia quis se casar com a estrela. Ele tomou coragem, olhou lá pro alto e pediu a estrela em casamento:
- Casa comigo estrelinha? Você fica brilhando tão sozinha aí no alto e eu brilhando tão sozinho aqui embaixo! Vai, pula! Vem juntar o seu brilho com o meu!
A estrela achou tão bonito o pedido de casamento, que resolveu se casar na hora com o grão-de-areia. Ela olhou aqui para baixo, para a praia, e disse:
- Vou casar com você, me espera! Eu já estou iinnnnndo...
Só que ela errou o alvo. E ao invés de cair na praia, caiu no mar. E foi afundando, afundando, afundando... Até que parou bem no fundo do mar. Decidido, Godofredo saiu correndo, passando pelo meio dos outros grãos de areia e foi ao encontro da estrela. Foi se arrastando e flutuando pelas profundezas do oceano e, muitos anos depois, chegou lá na ponta do horizonte, onde o mar
até parece que acaba aos olhos da gente. Lá, ele encontrou a sua estrela e os dois se beijaram. Foi um beijo tão bonito, que dele nasceram todas as estrelas do mar.
Por isso, quando você estiver caminhando por uma praia, qualquer praia, de qualquer canto do mundo, e encontrar uma estrela do mar, pode ter certeza de que você acaba de conhecer uma das tantas lindas filhas de Godofredo com Maria Estela. E de vez em quando, as meninas estrelas, que ainda moram no céu, brincam de pular e se lançar céu abaixo. É nessas horas que a gente vê as estrelas cadentes.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

UMA HISTÓRIA POR DIA...

Rogério Andrade Barbosa escreveu e Maurício Veneza ilustrou contos africanos de adivinhação. 
Este é um deles:

TRÊS MERCADORIAS MUITO ESTRANHAS

           Um velho camponês, teimoso como uma mula, precisava atravessar um trecho do caudaloso rio Niger carregando um leopardo, uma cabra e um saco cheio de inhames.
            A garotada das aldeias situadas em margens opostas sentou-se no chão barrento, na maior algazarra, para ver como o rabugento conseguiria transpor a perigosa correnteza.
            A canoa do homem era muito pequena e ele só poderia carregar um de seus pertences de cada vez.
            Se deixar a cabra com o inhame – disse um dos meninos -, a esfomeada come tudo.
            Se largar o leopardo com a cabra, o manchado devora o bichinho – opinou outro garoto.
            Irritado com a zombaria, o aldeão reclamou em altos brados:
            Vocês não aprenderam, de acordo com nossa tradição, a respeitar os idosos? Em vez de ficarem criticando, por que não me ajudam? O que vocês fariam se estivessem em meu lugar? Lembre-se – argumentou, citando um antigo provérbio -, “quem é velho já foi jovem”.
             As palavras do ancião na mesma hora deixaram a meninada em silêncio.
            O homem não desistiu e, como não queria perder nada, pôs-se a pensar, agachado à beira da água lamacenta. No entanto, por mais que quebrasse a cabeça, não encontrava uma solução.

QUE SOLUÇÃO VOCÊ DARIA PARA RESOLVER O PROBLEMA?

           O aldeão, desesperado, recorreu a um lavrador de cabelo grisalho montado em um burrico a caminho de um mercado distante dali.
— Primeiro – disse o homem, depois de coçar a cabeça por um instante -, você tem de remar com a cabra para a outra margem e deixar o leopardo com o saco de inhame. Esse animal, como todos sabem, não gosta de comer raízes.
— Depois – continuou -, atravesse para cá e carregue o saco de inhame para lá. Ao voltar, traga a cabra com você.
— E, para completar a travessia – arrematou -, leve o leopardo e, em seguida, retorne para buscar a cabra.
Foi assim, finalmente, que o camponês atravessou o rio.
De acordo com um ditado africano, “ninguém deve rir de um velho”.



domingo, 29 de julho de 2018

UMA HISTÓRIA POR DIA...

Qual será o grande problema que Pedro Bandeira imaginou?


UM PROBLEMA DIFÍCIL

         Era um problema dos grandes. A turminha reuniu-se para discuti-lo e Xexéu voltou para casa preocupado. Por mais que pensasse, não atinava com uma solução. Afinal, o que poderia ele fazer para resolver aquilo? Era apenas um menino!
           Xexéu decidiu falar com o pai e explicar direitinho o que estava acontecendo. O pai ouviu calado, muito sério, compreendendo a gravidade da questão. Depois que o garoto saiu da sala, o pai pensou um longo tempo. Era mesmo preciso enfrentar o problema. Não estava em suas mãos, porém, resolver um caso tão difícil.
Procurou o guarda do quarteirão, um sujeito muito amigo que já era conhecido de todos e costumava sempre dar uma paradinha para aceitar um cafezinho oferecido por algum dos moradores. 
O guarda ouviu com a maior das atenções. Correu depois para a delegacia e expôs ao delegado tudo o que estava acontecendo.
 O delegado balançou a cabeça, concordando. Sim, alguma coisa precisava ser feita, e logo! Na mesma hora, o delegado passou a mão no telefone e ligou para um vereador, que costumava sensibilizar-se com os problemas da comunidade. 
Do outro lado da linha, o vereador ouviu sem interromper um só instante. Foi para a prefeitura e pediu uma audiência ao prefeito. Contou tudo, tintim por tintim. O prefeito ouviu todos os tintins e foi procurar um deputado estadual do mesmo partido para contar o que havia.
O deputado estadual não era desses políticos que só se lembram dos problemas da comunidade na hora de pedir votos. Ligou para um deputado federal, pedindo uma providência urgente. O deputado federal ligou para o governador do estado, que interrompeu uma conferência para ouvi-lo. 
O problema era mesmo grave, e o governador voou até Brasília para pedir uma audiência ao ministro. 
O ministro ouviu tudinho e, como já tinha reunião marcada com o presidente, aproveitou e relatou-lhe o problema. 
O presidente compreendeu a gravidade da situação e convocou uma reunião ministerial. O assunto foi debatido e, depois de ouvir todos os argumentos, o presidente baixou um decreto para resolver a questão de uma vez por todas. 
Aliviado, o ministro  procurou o governador e contou-lhe a solução. O governador então ligou para o deputado federal, que ficou muito satisfeito. Falou com o deputado estadual, que, na mesma hora, contou tudo para o prefeito. O prefeito mandou chamar o vereador e mostrou-lhe que a solução já tinha sido encontrada. 
O vereador foi até a delegacia e disse a providência ao delegado. O delegado, contente com aquilo, chamou o guarda e expôs a solução do problema. O guarda, na mesma hora, voltou para a casa do pai do Xexéu e, depois de aceitar um café, relatou-lhe satisfeito que o problema estava resolvido. 
O pai do Xexéu ficou alegríssimo e chamou o filho.
Depois de ouvir tudo, o menino arregalou os olhos:
- Aquele problema? Ora, papai, a gente já resolveu há muito tempo!